Até onde o humor negro, pode ser benéfico para a curiosidade das pessoas?
Com o subtítulo de Inteligência é o novo sexy, a série de Chuck Lorre se detém na vida de Leonard (Johnny Galecki) e Sheldon (Jim Parsons), dois físicos geniais que dividem um apartamento. Eles representam o velho, e agora tão em alta, estereotipo do nerd: com o sucesso da vida acadêmica inversamente proporcional ao sucesso com o sexo oposto. Sexo oposto esse, protagonizado em cabelos loiro, muitas curvas e pouca capacidade cognitiva por Penny (Kaley Cuoco), a nova vizinha de Leonard e Sheldon. Pois é, mais clichê impossível. Ainda mais quando Leornad cai de amores por Penny e vai fazer de tudo (e sempre acabar numa roubada) para chamar a atenção da amada.
O que faz a série funcionar é justamente as medidas contrárias entre Leonard e Sheldon. Enquanto o primeiro submete suas ações em favor da atenção de Penny, o segundo sempre tem uma visão crítica para o desenrolar desse sentimento de Leonard, usando do humor mais negro e cretino do mundo. Sheldon e o seu humor são a mola-motora da série, que parece ganhar fôlego a cada colocação do personagem, quase sempre pessimista em relação aos sentimentos do amigo e tudo mais que está a sua volta. Sheldon, em sua cabeça, aceita sua condição de nerd e acha que conquistar uma mulher tão bonita quanto Penny é, para Leonard, tarefa impossível. Na cabeça de Leonard, Sheldon é um acomodado que não se esforça em ampliar seu círculo social. Numa discussão, Leonard afirma para Sheldon: “você não tem amigos!” e ele replica com “e o que você diz dos meus 212 contatos do MySpace?”.
A série trás consigo uma série de pitadas sobre física e a ciência em geral. Porém fica a dúvida, até onde o humor negro pode ser benéfico para a ciência e a física. Mas uma coisa é certa, a série garante gargalhadas e é uma das séries mais assistidas da América Latina atualmente. Bazinga!
Fonte: Revista o Grito